domingo, 10 de julho de 2011

Apoteose da Degradação Humana



A quimera perdeu-se nas páginas viradas
Em cujas letras ficaram registradas
A fragilidade das relações humanas,
Que, embora sujeita ao cotidiano massacrante
E a influência da raça ou do meio,
Tece virtudes singulares e utópicas,
Idealiza vitórias coletivas,
Cria heróis sem face
Que sobrevivem a duelos verossímeis.
É a sublimação da Lei de Darwin,
A recusa dos conceitos teológicos e metafísicos.

A impotência do homem diante do caos
Torna-se cada vez mais evidente:
Seres lascivos emergem dos corpos,
São machos e fêmeas embriagados pelo instinto
A saciar-se libidinosamente...
O poder garante o império da corrupção
E os princípios dissolvem-se ao chão,
Convertem-se em vícios rastejantes,
Personagens patológicas compõem o cenário
E promovem a apoteose da degradação humana...
(Zizi, outubro/2003)

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