sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tema: Chá de bebê

                                                                                    CHÁ DE BEBÊ:  SIM  OU   NÃO?
Um nascimento é algo mágico que traz luz e deixa as pessoas melhores e mais felizes. As expectativas crescem à medida que se aproxima a hora da chegada do bebê. Há todo um preparo físico e psicológico que ocorre naturalmente para lidar melhor com a nova situação, sem esquecer, é claro, do envolvimento pleno da família e dos amigos. No entanto,  as opiniões se dividem quando o tema é chá de bebê.
O minúsculo acróstico abaixo pretende, de forma mera e concisa,  representar as possíveis divergências que permeiam:  fazer ou não o chá de bebê e por quê?

   x) Sim                                        (x) Não
Curioso                                      Cansativo
Hilário                                        Horrível
Animado                                    A ssustador
                             
D ivertido                                  D esgastante
E special                                     E stranho

B om                                           B rega
E ssencial                                   E xagerado
B enéfico                                    B izarro
E mocionante                            E nfadonho

                        Xiiiiiii!!   E agora???
Essa recepção excêntrica que vai do riso às lágrimas, do agradecimento à lamentação, do encantamento à revolta, não só sobrevive como adquire aprimoramento com requintes de sofisticação: atualizou-se, modernizou-se. Basta um clique em sites de busca que listas e listas aparecerão  e cada item apresentará estratégias sedutoras e até convincentes para que essa recepção seja necessária e inesquecível. A começar pelos convites, depois as listas de presentes, seguindo de lembrancinhas, brincadeiras e jogos diversos, apelidos para a mãe, comidas, bebidas, decoração, trajes...  não esquecem nem da época ideal para se fazer o tal do chá.  São tantas dicas, sugestões, modelos... As informações são tão completas e tão fáceis de serem aplicadas que (quase) se torna desnecessário recorrer a alguém para organizar o evento.
Em poucos anos, tantas mudanças, ai!!
Na minha época (Não que eu seja saudosista rss) comprávamos todo o enxoval (precinho salgado!!)  em cores neutras porque não tínhamos como saber antecipado o sexo da criança. As visitas e os presentes chegavam  sim, mas depois do nascimento. Isso significa que o Danilo e a Patrícia não tiveram o privilégio de um chá de bebê, mesmo assim, não deixaram de ganhar vários presentes e carinhos e beijos e abraços e mimos e etc etc etc....
Já participei de vários chás de bebês, que na verdade, pareciam mais uma festa devido a quantidade de pessoas, os “comes e bebes” e tantos presentes.  Entre todos eles, eu enfatizo um, por apresentar uma peculiaridade a mais: o chá de bebê virtual organizado pelas amigas integrantes da comunidade do Orkut. Nada mais, nada menos do que o encantador Miguel da Dequinha. Fiquei mais animada neste chá de bebê do que nos outros em que estava presente fisicamente. [...]
Veja só: mesmo  descendente de  uma época na qual a informática não estava no topo ainda, até que eu me adaptei bem às mudanças oriundas da tecnologia (rsss).
                                                                                                                                 Zizi

sábado, 6 de agosto de 2011

Tema: A primeira palavra


As palavras e seu trajeto
Tudo começa com um choro, essa sirene que anuncia a chegada do bebê. É a primeira manifestação da linguagem. A princípio, esse ruído harmonioso cheio de significados e intenções parece ter uma nota só (looonnnga!). Mas, o instinto materno vai aos poucos decifrando todos os tons e códigos,  em  cada situação em que ele aparece: fome, manha, dor... Chegando ao ponto de captar e compreender até mesmo aquele choro que ficou preso, acuado.                                                       
Objetivo número um concluído: primeiro contato ocorrido com sucesso. Yesss!
Depois de superada a fase um, vem o próximo desafio: diálogos em forma de monólogos vão tentando provocar uma reação nos pequeninos. Quem sabe,  aquelas palavrinhas distorcidas e tão cheias de afeto que emitimos, conseguirão encorajá-los para que as repitam? Tentativas é que não faltam. Não custa nada insistir.
Já conseguimos a atenção deles, pois olham-nos fixamente, sorriem, mexem a boca, tentam e soltam alguns ruídos guturais. Já é um começo. Vibramos.  Insistimos. Queremos mais. Simpatias são sugeridas. Por que não?
E assim são consumidos minutos e minutos com tentativas incansáveis acompanhadas de  uma incrível expectativa de se ouvir a primeira palavra proferida daquele Serzinho tão especial!
Um belo dia,  consegue ir mais além e articular a primeira palavra. Sai meio indecisa, meio tremida, incompleta. Não tenho certeza se foi “papai” ou “mamãe” porque ambas estiveram sempre juntas.  Só sei que depois disso, deu-se início a uma avalanche delas, obedecendo à  sequência: sílaba, palavra, frases curtas, períodos compostos... Depois: decisões, argumentos e contra-argumentos, reflexões,  questionamentos, relatos, sugestões, críticas, elogios,  determinações ...etc.  [...]
Fecho os olhos para ingressar numa rápida viagem pela memória.  Ainda ouço as palavras que povoavam e davam muita vida a esses cômodos: os gritos, as brincadeiras, as provocações, as conversas banais, a cumplicidade, as simulações de briga, as músicas que cantavam juntos, os pequenos pedidos que iam desde um acordar à noite para pedir algo,  ao simples “Bênção, mãe!” , ao despertar. Fazem falta aqueles zunzunzuns que ecoavam do amanhecer ao anoitecer e preenchiam a  casa de um canto a outro.
Hoje, 27 e 25 anos depois, Danilo e Patrícia,  já adultos, passaram de passageiros a condutores e estão construindo seu próprio itinerário.  Eu, cá no meu cantinho, olho para o telefone na esperança de que um “trimmm!”  traga, pelo menos, dois dedos de prosa. É Tão bom ouvi-los!
                                                                                                 06/08/2011                   Zizi, mãe-fã do Danilo e da Patrícia