Tenho observado
que a geração de crianças que nasceram de 2000 em diante possuem um interesse
maior pelos animais gigantes, tanto os répteis quanto os voadores que habitaram
o planeta antes da chegada do homem.
Gabriel, meu
neto com mel, nascido em 2004, faz parte
desse grupo. Em 2007, despertou o fascínio pelos monstros quando assistiu pela
primeira vez ao filme King Kong lançado em 2005. O pequeno loirinho de cabelos
encaracolados quando viu o bichos gigantes que apareciam no filme, encantou-se
de uma tal maneira que quis rever e
rever durante muitos dias. Comecei a procurar outros filmes e desenhos com o
mesmo tema (dinossauros) para suprir sua curiosidade. E não parou por aí: todas as reportagens que passavam na TV sobre
o assunto, lá estava ele, muito atento, acompanhando e consumindo cada
informação. Comprei livros diversos ilustrados , jogos, DVDs, brinquedos,
maquetes, roupas e meias com o tema. Seu quarto parecia um vale dos dinossauros. Além
disso, Levamos o Gabriel para exposições de dinossauros, parque temático...tudo
o que eu encontrava falando em dinossauro, eu trazia para casa e ele fazia a
festa. Aliás, o seu aniversário de 4 anos foi totalmente decorado com o tema
dinossauro. E nessa época não era fácil encontrar uma decoração dessa, pois as
crianças estavam acostumadas com os personagens tradicionais, como super-heróis
ou Disney.
Quando
questionado sobre a provável profissão
no futuro, ele afirmava com veemência que seria paleontólogo. Pudera, tão pequeno e já sabia MUITO sobre eles: diferenciava os herbívoros dos carnívoros,
sabia o nome e as características de TODOS que conhecia. Sempre nos surpreendia
com seus comentários e explicações. Esse
contexto durou anos e anos. Para mim, já
estava definido qual seria sua profissão.
Assuntos gerais
relacionados ao meio ambiente sempre atraem a atenção do meu paleontólogo
preferido. Ele conhece muito sobre bichos e plantas, tipos de solo. Fica
preocupado com a preservação da natureza e se revolta quando vê reportagens que
mostram a má atuação do homem com os recursos naturais. Eu sinto que vem dele
essa tendência e amor pela terra e a criação em geral. Não posso me esquecer de
mencionar que o Gabriel, tanto quanto eu, adora os felinos, sobretudo, gatos.
Entretanto,
esse prodígio de menino, com nome de anjo e coração de ouro, cresceu e não
ficou limitado às questões do Meio Ambiente e Ecologia . Há uns dois anos
demonstra grande interesse por gastronomia. Assiste ao programa “MasterChef” sempre que pode, pesquisa
receitas na internet, imprime e as prepara com perfeição. Eu confesso que
sempre estou por perto quando ele decide
preparar algo, porque tenho receio de
que se queime ou se machuque, afinal ele só tem 12 anos atualmente e desde os
10 decidiu aprender a cozinhar. Por várias vezes, afirmou que seguirá a
carreira gastronômica e quando prepara algo, dá para perceber o brilho em seu
olhar. Ele ama cozinhar, principalmente as novidades.
Fico imaginando
de onde vem esse interesse e prazer em preparar os alimentos e chego a
conclusão de que seja uma mistura da atuação de duas pessoas muito ligadas a
arte culinária: a mãe dele e esta avó coruja, pois igualmente amamos fazer
bolos e quitutes e oferecer àqueles que estão por perto...
Paleontólogo,
biólogo, ecologista, veterinário ou Chefe de cozinha? Muito cedo para obter uma
resposta exata. Menino ainda para se definir como profissional, mas, ao mesmo tempo, um homem com habilidades e
competências diversas para atuar com excelência no campo decidido por ele
quando chegar a hora. Estarei lá, se Deus permitir, para aplaudir de pé essa
vitória que também é minha, é nossa...
(Zizi Cassemiro, 11/09/2016)
Nenhum comentário:
Postar um comentário