I
Importei da minha infância
Esse meu jeito menina
O bom senso de humor
Que até hoje predomina
Apesar de ser avó
De dois netos, vejam só
Brinco com minha rotina
II
Importei da minha infância
Meu jeito de fazer graça
Gostava de imitação
Vestida como palhaça
Divertia o pessoal
Na maior cara de pau
Merecia até uma
taça.
III
Importei da minha infância
A oratória dos meus pais
Que doía mais que vara
Com resultados iguais
Pois palavras tem um peso
Agem de modo coeso
Educando muito mais.
IV
Importei da minha infância
Esse lado humanitário
Gostar de ajudar o próximo
Em trabalho voluntário
Pois a sensibilidade
É uma grande qualidade
Não depende de salário.
V
Importei da minha infância
O amor pelos animais
O zelo pelos bichinhos
Para mim nunca é demais
Sempre tive a companhia
Deles no meu dia a dia
Desfazer disso? Jamais!
VI
Importei da minha infância
As qualidades que tenho
Valorizar as pessoas
Reconhecer seu empenho
Enxergar o lado bom
Descobrir que há um dom
A ser tratado com engenho.
VII
Importei da minha infância
A religiosidade
O respeito ao Ser Supremo
Fé, amor e caridade,
Ser simples nas atitudes
Valiosa nas virtudes
Conduzir sempre a verdade.
VIII
Importei da minha infância
Os
valores necessários
Para esboçar o meu palco
E traçar o meus cenários
Escrever o meu enredo
Sem mistério nem segredo
Nas linhas dos meus diários.
IX
Importei da minha infância
A educação que tive
Tão humilde e grandiosa
Que nesses versos revive
Com flashes de umas lembranças
De quando eu era criança
E até hoje sobrevive.
X
Importei da minha infância
A explicação do agora
Como entender o presente
Se o passado ignora?
O
tipo de mãe e avó
Cujas crias são xodó
E exibo mundo afora.
Zizi; 15/05/2016
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