Falar
sobre filho é ir direto ao coração de uma mãe e se deparar com o mais profundo
e legítimo sentimento, único que não impõe condições para nascer, crescer e multiplicar-se a cada dia: o amor
materno.
Chegam
ao mundo tão pequenos, indefesos, franzinos, cheio de dores, chorões, famintos. Pronto! Estamos com um novo ser nas mãos com todas
essas características, e agora? Somos a
principal responsável por eles. Se algo der errado, a culpa cairá, sobretudo, em nós, mães! Se nosso filho for alguém de bem
ou não, será sempre o “filho da mãe”. Haverá também aqueles que
se lembrarão que a boa educação
que teve em casa, contribuiu para que ele se tornasse um ser iluminado e útil
para a sociedade. Ponto para a mãe, nesse caso!
Que
missão é essa com início e sem fim? Que amor
é esse que só amplia, independente da
situação, dos conflitos? Que força é essa que não se abala? Que dom é esse que mistura carinho,
dedicação, confiança, alegria e superação? Alguém consegue limitar as
fronteiras desse sentimento? Ou negar
tudo isso?
A
sabedoria adquirida pela experiência materna é magicamente imensurável e não
tem comparação, por exemplo: O rebento,
no início, não fala, mas uma mãe já o
compreende e sabe tudo o que ele sente; o rebento não anda, mas a mãe já o
prepara para esse momento colocando-o em pé para que ele sinta as perninhas
esticadas. Todas as evoluções são acompanhadas passo a passo e vividas
intensamente, eternizadas em fotos e filmagens para que tais momentos possam
ser retomados e vivenciados posteriormente, pois para uma mãe, contemplar o
filho já lhe basta.
Ela
vive em função dele 24 horas, ela faz e refaz a sua vida tendo a imagem do filho
como prioridade, ela se sacrifica no trabalho e em casa por ele e ainda carrega
no coração um sentimento de culpa por ter que se ausentar por algum tempo e
atender a mais obrigações que possui além da materna, pois precisa garantir o bem-estar e sobrevivência
da cria.
Hoje,
aos olhos desta mãe que é personagem de um contexto materno há mais de três
décadas, desfilam muitas fases da vida
dos filhos, entre elas: os primeiros cuidados, os ensaios para os passinhos, os
balbucios nos treinos da 1ª palavra, as traquinagens, as curiosidades e brincadeiras,
a batalha para aceitar a papinha, a ida à escolinha, etc.
Esse último
representa o início de uma construção para a vida externa que vai além do olhar materno. Esse momento chega,
meio sem aviso, sem permissão e faz uma reviravolta de 360 graus deixando para trás
aquela estável condição de subordinação da qual fazíamos o papel da oração
principal em nossa zona de conforto.
O próximo
iminente voo é pura consequência: trabalho, faculdades, casamentos, netos...e lá se vão os
nossos eternos brotos fertilizar outros campos e germinar mais sementes dando
início a outros contextos que traçarão a continuação da vida! (Um círculo
vicioso?)
Nenhum comentário:
Postar um comentário