Proteção materna é magia
Uma gaveta toda revirada. É assim que me senti quando mergulhei, de uma só vez, meus dedos , olhos e pensamentos nessa linha do tempo, em busca de encontrar uma cena e classificá-la como o momento mágico mais peculiar do meu contexto materno.
Sem uma resposta de imediato esperada, o que eu provoquei foi uma avalanche delas.. Que difícil! Entretanto, a seleção é fundamental, tem que ser definida...mas qual critério seguir ? Pela magia? Admiração? Encanto? Fascínio? Ilusionismo? Sobrenatural? Qual quadro devo pendurar desta vez que retrate com totalidade algo especial, ou quem sabe, transcendental?
O momento do nascimento é mágico; a amamentação é mágica; o embalar é mágico; o crescer e o desenvolver de um filho é mágico; as primeiras palavras são mágicas; os primeiros passos são mágicos; o carinho e vínculo entre mãe e filho é mágico; o dia-a-dia de mãe e filho, com todos os atropelos, alegrias e surpresas é mágico...
Passar pela maternidade é receber uma graça e compartilhar com Deus uma parcela do Seu amor. Desenvolve-se, a partir daí, um novo sentido (Quem sabe o sexto, sétimo ou oitavo deles) para tornar-se mais apta, capaz de zelar, com todas as letras do pequeno e indefeso ser que foi entregue com permissão divina. Proteção: uma palavra-chave que atiça os instintos maternais a tal ponto, que, “estar de plantão”, para uma mãe, não é nada difícil, pois isso acontece até inconscientemente. Bem... vamos aos fatos:
Uma vez, eu deixei minha pequena, de poucos meses, alguns minutos sozinha no quarto e fui atender o portão. Enquanto eu dispensava a tal pessoa, comecei a me sentir estranha, com falta de ar e um incômodo inexplicável. Parecia que estava “fora de órbita” e só conseguia pensar na minha filha . Tratei de entrar correndo e quando cheguei no quarto a encontrei passando mal, sem conseguir respirar. Rapidamente a socorri e consegui acalmá-la. Só de imaginar o que poderia ter acontecido a ela se eu não tivesse seguido à minha intuição, me faz ficar arrepiada. Graças a Deus minha conexão com ela estava 100%.
Alguns anos depois, a caminho do trabalho, senti que o meu filho (de mais ou menos doze anos naquela época) corria perigo, não sabia por qual motivo, mas ele precisaria de mim. Nem hesitei. Desci do ônibus e me dirigi à escola onde ele estudava. Confirmei minhas suspeitas: um colega seu tinha reunido uma turma para dar uma surra nele. Estavam distribuídos em lugares estratégicos, em frente à escola esperando-o para o “massacre”. Meu filho nem sabia dessa armadilha. Eu me dirigi a eles, tive uma conversa looonnnga e muuuuiiiiiito difícil, mas consegui fazê-los mudar de idéia. Novamente agradeci a Deus pelo “toque” e por me ajudar a resolver tal questão. Depois do ocorrido, lógico: vem as lágrimas de emoção e de agradecimento..
Esses dois episódios extremamente significativos, para mim, estão diretamente ligados por um elo: “o toque”, que nomeio e eternizo aqui como o momento mágico. Como é forte o sentimento de proteção de uma mãe, um tipo de preservação da espécie que não tem preço! é um vínculo sublime que ultrapassa à explicação da lógica e o formalismo da ciência!
Zizi, 15/10/2011
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