Folhas secas sobre a grama,
ventos que sopram à noite,
Abrasamento do sol,
suor em gotas de açoite.
ventos que sopram à noite,
Abrasamento do sol,
suor em gotas de açoite.
Fakes news que aterrorizam,
veneno vazam dos frascos,
flerte entre a fé e a política,
lorotas, balbúrdias, fiascos.
Conexão inconstante,
celulares já saturados,
horas e horas on line,
talentos enclausurados.
Lives só para contar presença,
câmera e mic desativados,
vídeos passam despercebidos,
slides ignorados.
Lágrimas escapam dos olhos,
lembranças com sabor saudade,
Privados amarrotados,
de áudios, selfies à vontade.
Paciência exaurida,
tolerância fatigada,
alegria aborrecida,
empatia molestada.
Criatividade em baixa
na hora da culinária,
rotina burla o apetite,
pratos com sobras diárias.
Uma pilha de TEMPO insiste
em querer ser um aliado,
e reciclar o que sobra
do presente e do passado.
Será que sobras existem?
Ou é falha em meu olhar,
que, embaçado pelo tédio,
não sabe se reinventar?
Zizi, 02/10/2020
Um comentário:
Palavras profundas, externando muitos dos nossos sentimentos em meio a tantas tristeza e indignações nesses tempos tenebrosos.
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