As entrelinhas de um texto
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05/03/2012,
16:19:02
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A leitura do tópico 2 no
AVA “Práticas de leitura e efeito-leitor” traz uma reflexão sobre a prática da
leitura, sua autoria e o efeito no leitor. Afirma que qualquer discurso em um
texto é produzido com base em um contexto, possui, portanto objetivos e um
público alvo, pois há vários elementos a serem observados como: sentido e
condições de produção. Exemplos são citados, em especial um enunciado tirado de
um painel eletrônico. Embora alguns textos (como piada, avisos, provérbios,
etc.) tenha sua autoria se perdido e mesmo assim ele circula normalmente
atravessando gerações. Toda leitura é significativa, mesmo aquelas ignoradas
pelo sistema dominante, que foram consideradas pouco importantes para a
formação do leitor.
O texto complementar: ”Um estranho no ninho – Entre o jurídico e o político: o espaço público urbano” de Mónica Graciela Zoppi-Fontana faz uma profunda análise de discurso tendo como base frases de orientações que aparecem em um painel eletrônico na rodoviária Tietê, em São Paulo. O autor do texto é desconhecido, mas o destinatário não, pois os enunciados que aparecem, fazem referência a dois níveis de pessoas: 1º: usuário/passageiro/consumidor(que pode corresponder a uma mesma pessoa em situações diferentes); 2º designados “estranhos”, que são os possíveis mendigos (pedidores de esmola), vendedores ambulantes, profissionais não credenciados. O texto funciona como um “alerta”, dando a entender que tais pessoas(os estranhos) representam uma ameaça à segurança de todos aqueles que estão circulando por aquelas dependências por estarem atuando de forma ilegal, segundo os responsáveis pela organização e segurança do terminal rodoviário. Percebe-se, por trás de tão poucas palavras, a exclusão e a discriminação em relação aos mendigos, aos vendedores ambulantes e às pessoas que trabalham por conta própria, porque, de certa forma eles não são “contribuintes” do sistema organizacional, que supostamente é responsável pela ida e vinda das pessoas que transitam em um terminal rodoviário. Em contrapartida, os usuários/passageiros/consumidores são , supostamente, “acolhidos” e “protegidos”, desde que obedeçam às orientações por eles enviada através de um painel eletrônico cuja linguagem imperativa é um apelo para afastar aqueles elementos “mal vistos”. A comunicação acontece direta ou indiretamente entre as pessoas porque comunicar-se é condição para o preparo da vida.
O texto complementar: ”Um estranho no ninho – Entre o jurídico e o político: o espaço público urbano” de Mónica Graciela Zoppi-Fontana faz uma profunda análise de discurso tendo como base frases de orientações que aparecem em um painel eletrônico na rodoviária Tietê, em São Paulo. O autor do texto é desconhecido, mas o destinatário não, pois os enunciados que aparecem, fazem referência a dois níveis de pessoas: 1º: usuário/passageiro/consumidor(que pode corresponder a uma mesma pessoa em situações diferentes); 2º designados “estranhos”, que são os possíveis mendigos (pedidores de esmola), vendedores ambulantes, profissionais não credenciados. O texto funciona como um “alerta”, dando a entender que tais pessoas(os estranhos) representam uma ameaça à segurança de todos aqueles que estão circulando por aquelas dependências por estarem atuando de forma ilegal, segundo os responsáveis pela organização e segurança do terminal rodoviário. Percebe-se, por trás de tão poucas palavras, a exclusão e a discriminação em relação aos mendigos, aos vendedores ambulantes e às pessoas que trabalham por conta própria, porque, de certa forma eles não são “contribuintes” do sistema organizacional, que supostamente é responsável pela ida e vinda das pessoas que transitam em um terminal rodoviário. Em contrapartida, os usuários/passageiros/consumidores são , supostamente, “acolhidos” e “protegidos”, desde que obedeçam às orientações por eles enviada através de um painel eletrônico cuja linguagem imperativa é um apelo para afastar aqueles elementos “mal vistos”. A comunicação acontece direta ou indiretamente entre as pessoas porque comunicar-se é condição para o preparo da vida.
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