domingo, 9 de junho de 2013

A natureza multissemiótica dos textos orais e escritos

12/02/2012, 09:11:14
Reflexão semana 2


O tema do tópico desta semana aborda a natureza multissemiótica dos textos orais e escritos, esclarecendo, inicialmente, que eles não são produzidos a partir de um só tipo de linguagem, mas da mistura do verbal e do não –verbal. A voz, por exemplo, é acompanhada por gestos, expressões faciais, olhares, postura corporal e tom de voz, enfim, um conjunto de ações concomitantes para exprimir uma ideia. A escrita, entretanto, possui outras formas de recorrer aos recursos visuais como: tipo, tamanho e cor da letra selecionada, além de imagens ilustrativas e/ou que se movimentam (no caso de escritos no computador). Essa junção semiótica, de certa forma, cria uma tensão e disputa entre as linguagens, embora se relacionem e se completem para transmitir o sentido desejado da mensagem. 

Como exemplo disso, o texto apresenta alguns itens: inicialmente, uma reportagem de uma revista francesa (Le Monde) sobre o Brasil, cuja capa traz as cores que constam da bandeira brasileira (verde, amarelo, azul e branco) utilizadas nas palavras, imagens e fundo. A distribuição dos recursos visuais visa causar uma maior impressão sensorial no leitor junto ao conteúdo verbal que enfatiza o tamanho e a capacidade do nosso país. Depois, um poema concreto intitulado “Infinito”, no qual o visual predomina sobre o verbal ; e finalmente, uma comparação entre outras duas reportagens: "Por que não vivemos para sempre" ( por Thomas Kirkwood, publicado na Revista Scientific American - Brasil, outubro de 2010, p. 30-37.) e “ O Conto da Xenofobia”( publicada na Revista Carta Capital, de 29 de setembro de 2010). Cada reportagem é acompanhada por recursos multissemióticos que se diferenciam em alguns aspectos, pois uma pertence a uma revista impressa e a outra, digital. Tal distinção é comentada detalhadamente como: a autoria de cada texto; a interação entre o escrito e o leitor; o tamanho e a divisão dos trechos, assim como títulos e subtítulos; a legenda de ambos; a forma de mudar de páginas, o enquadramento dos textos nos espaços determinados, as imagens que os acompanham durante a leitura, etc. Enquanto "Por que não vivemos para sempre" corresponde ao jornalismo científico, “ O Conto da Xenofobia” pertence ao jornalismo político, embora ambos pertençam a um mesmo gênero textual. A atividade autocorrigível 1, no final do tópico, retoma o tema de forma bem concisa com as opções “falso” ou “verdadeiro” como resposta para os trechos afirmativos distribuídos nas quatro questões e garante uma reflexão sobre a importância dos signos no processo comunicativo.
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